O Vozão mais uma vez passou por cima de tudo e honrou o hino escrito por José Patápio da Costa Jatahy.
Ceará, TUA GLÓRIA É LUTAR.
Depois de um campeonato cheio de guerras nos bastidores, regras
quebradas e blábláblá, eis que chega a finalíssima, onde os dois maiores
clubes do estado decidiram dentro de campo. O palco foi o Velho Campo
da Gentilândia que não esteve completamente lotado em nenhum clássico
esse ano por medo da violência de gente que se veste de torcedor para
brigar.
Mais de 15 mil pessoas bem acomodadas, o espetáculo estava começando.
O clima era tenso como sempre. Não havia favorito. O Vozão tinha mais
elenco, mas essa vantagem fica pequena quando as camisas mais
tradicionais do estado ficam frente a frente.
Tensão, apreensão. Bola rolando para o clássico rei decisivo. O Vozão
tocou a bola, levou perigo, sofreu perigo também. Tivemos oportunidades
perdidas na cara do gol. O tempo passou. Faltavam 45 minutos de
angústia.
E como foi angustiante. Pressionado pelo regulamento, o adversário
veio pra cima com três atacantes. Ao Ceará, restou o contra golpe que
não encaixava firme. Ficamos com um homem a mais. Esley expulso após
falta violenta sobre Felipe Azevedo.
O Ceará acordou, mas a situação piorou com um gol bobo após
cruzamento. Silêncio no lado alvinegro. Achei o gol falha da defesa que
deixou cabecear, mas tem parcela de culpa do Fernando Henrique que
assistiu a bola entrando e pulou atrasado. Bola pra frente.
Romário e Misael em campo. A pressão mudara de lado. O apoio não faltou.
O Vozão partiu pra cima, perdeu oportunidades que minaram a confiança
dos atacantes, mas não ficou nisso. Cruzamento para Romário. O garoto
levou uma finalização de MMA mais conhecida como Mata Leão. E matou.
Pênalti para delírio do garoto bom de bola!
OLHA ISSO .
Disseram que nos próximos clássicos, só será pênalti se sair sangue do jogador alvinegro.
Felipe Azevedo na bola. Silêncio total no PV. Duas torcidas que apenas rezavam. Bola caprichosamente tocada pelo goleiro. Rede.
Era o gol do empate. Trinta minutos do segundo tempo. Explosão de alegria da MAIOR TORCIDA DO ESTADO!
O tempo passou e o grito de BI CAMPEÃO foi mais alto
do que qualquer outra coisa no mundo. Foi o título da superação. Foi
chorado, sofrido. Dois empates. O último saindo atrás no placar.
Ao final de tudo, o protesto da diretoria em não receber o troféu.
Era a coroação que a torcida tanto pediu. A taça vai pra quem quiser,
mas escreve aí:
O TÍTULO É NOSSO!
Agora são 41 na nossa conta!
Parabéns, Ceará Sporting Club. O verdadeiro
PARQUE DOS CAMPEONATOS.
Parabéns, Maior Torcida do Estado. Nós não fugimos à luta.
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